O EU EM FUGA
A beleza física é superficial
A existência grita
Começa a ouvir.
A armadura da certeza
É o eu em fuga
Os guias de existência envelhecem.
O ser humano tem alma
Sangra todos os dias
E busca muletas emocionais.
Só se aprendem a usar e serem usados
Orgulhosos como Lúcifer
Os objetos sensíveis os despertam.
Alienados na posição de objeto
Tudo tem preço
Compra o tempo.
Só conhece o valor de uso
que se paga para obter
com o coração no bolso.
Sem conhecer seu equivalente
vê com os olhos alheios
servindo para serem usados.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá