CONSOLO
Fazes de conta
que és minha
para que eu acredite
e levite em tuas palavras fugidias
que de tão ausentes e baldias
se dissipam na atmosfera
de tuas promessas vãs.
Deixe-me
respirar-te em fantasias
que ofegante vou
percorrendo os caminhos
onde peregrinam as ilusões,
andarilhas, teimosas,
que vagueiam
sôfregas nas sendas
dos teus propósitos
não tão nobres,
mas deveras necessários
em tempos de intermináveis abandonos.