AS ROMAS SUCUMBEM
AS ROMAS SUCUMBEM
As sedes do mundo são temporais,
Desde que os humanos se foram juntar,
E as urbes são praças de castiçais,
Acesas ou mesmo sem alumiar.
E assim, noite é luz na escuridão,
Enquanto os ventos não surpreendem,
Num sopro ladino que apaga a paixão,
Nos castigos enquanto se escondem.
Pois todo amor busca um canto,
Que lhe traga a paz e a ilusão,
Ou alguém que no frio seja manto,
E cesse o medo no seu coração.
Mas descobre-se o que foi erguido,
Depois do estampido do tiro rasgado,
Ferindo de morte o réu arguido,
E tira o sentido do sonho sonhado.
Então vê que os templos sucumbem,
Aos exércitos que nunca são soma,
Se retiram da vida o seu tudo,
Em um mal que perdura num coma.
E os tronos não mais têm os cetros,
Muito menos divinos propósitos,
Pois os reinos não são mais corretos,
Por tornar tudo apenas negócios.
O cerne foi voz e hoje é escrito,
Mas perdura a ganância assaz,
Que não tem mais fiel veredicto,
Que nos seja pendão para a paz.
Só vivemos de gládio ou de bombas,
Seja em Creta ou em Alcatraz.
Projetando o esquecer pelas sombras,
Que guarnecem o corpo que jaz.
E assim sucumbem as Romas e praças,
Que resumem o que foi por demais,
Sem delongas tragadas por traças,
Quando as taças não servem mais.
AS ROMAS SUCUMBEM
As sedes do mundo são temporais,
Desde que os humanos se foram juntar,
E as urbes são praças de castiçais,
Acesas ou mesmo sem alumiar.
E assim, noite é luz na escuridão,
Enquanto os ventos não surpreendem,
Num sopro ladino que apaga a paixão,
Nos castigos enquanto se escondem.
Pois todo amor busca um canto,
Que lhe traga a paz e a ilusão,
Ou alguém que no frio seja manto,
E cesse o medo no seu coração.
Mas descobre-se o que foi erguido,
Depois do estampido do tiro rasgado,
Ferindo de morte o réu arguido,
E tira o sentido do sonho sonhado.
Então vê que os templos sucumbem,
Aos exércitos que nunca são soma,
Se retiram da vida o seu tudo,
Em um mal que perdura num coma.
E os tronos não mais têm os cetros,
Muito menos divinos propósitos,
Pois os reinos não são mais corretos,
Por tornar tudo apenas negócios.
O cerne foi voz e hoje é escrito,
Mas perdura a ganância assaz,
Que não tem mais fiel veredicto,
Que nos seja pendão para a paz.
Só vivemos de gládio ou de bombas,
Seja em Creta ou em Alcatraz.
Projetando o esquecer pelas sombras,
Que guarnecem o corpo que jaz.
E assim sucumbem as Romas e praças,
Que resumem o que foi por demais,
Sem delongas tragadas por traças,
Quando as taças não servem mais.