resumo
odes podres por dentro
dos corpos cínicos e boçais
camuflados de poeta
a boca declama tosca poesia pífia
e a alma fede a lama azeda
diz que ama mas a amortização
da vida terceirizou a lua, estatizou
o sol, de soslaio
diz que sonha mas é inorgânico
com seu sorriso metálico
sua vida plástica, inodora
e seu cunhão covarde
a abrir covas por onde passa
com seu discurso porco pávido
pacato
ora! vês acorda
pegue uma corda
e puxe puxe a vida
pra dentro de si e suma assuma
faça barulho para anunciar a sua morte
de centopeia decrépita sem amor próprio
parasita social.