POEMA TÓRRIDO

Vai, meu verso ardente, e te embevece da lindeza que há na noite latejante.

Vai, verbo candente, e odeia assim qual fora tempo de somente guerrear.

Vai, poema cálido, e ama assim com toda a lira, toda a sede que tu tens de te [entregar

Vai, fala pulsante, e exibe a dor que rasga a carne e é de matar, martirizar e [contorcer.

Vai, palavra em chama, e faz o peito tão festivo de alegria plena dilatar.

Vai, pena tão vária, e exibe os sentimentos mais diversos que no peito vibram [como ebulição.

Mas não te cales nunca, poesia, e brota do meu ser como se fora um mar de [sensações a se espalhar na vastidão.

Barão da Mata
Enviado por Barão da Mata em 29/11/2020
Reeditado em 19/02/2023
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