A PESTE VESTIDA DE PÚRPURA
I
Na rua que fizeram escura
Ninguém ouve o meu grito
Se caio ninguém me segura
Ninguém repara se estou aflito.
II
Triste tempo em que nos olhamos de viés
Nos cumprimentamos de mão fechada
Escravos acovardados do vírus chinês
Conversamos on line dentro da casa fechada
III
Saudade de abraços e de vida off line
A peste vestida de púrpura é soberana
E nos anestesia com protocolos e lives
Mal que a quase toda gente engana...
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- por José Luiz de Sousa Santos, na tarde de 13/11/2020 -