A essência da ausência
Insuflada em cada indivisível de meu ser
A tua ausência é a vitalidade de minha respiração
Que ando pelo mundo sem sentido
E vivo mesmo sem nenhuma razão...
Por mais que brilhe os pensamentos que me assomam,
Não são capazes de gerar no meu coração
Nenhuma alegria,
Porque nele reina a noite, noite fria,
Vazia de tua luz
De tua consolação...
Eu sou como o astro imaterial
A gravitar sem órbita o teu ser que se foi
De mim há um tempo que não me lembro...
E agora a essência de tua ausência
É substância, a energia que me move,
Que está em mim
Dizendo que, por mais que não te veja,
Me é material a tua existência...
E isso tem quase me bastado...
Quase...