EÓLICOS PENSAMENTOS
Às vezes dou-me a ficar
em eólicos pensamentos.
Na companhia dos ventos
respiro a liberdade
antes aprisionada
em atmosferas inertes.
Em teus braços
troco carícias com
tuas brisas,
deixo-as passearem
e se perderem nos labirintos
da face,
para achá-las depois
tateando nos corredores da alma.
Elas voam
e me convidam
a construir asas
nos movimentos
dos teu corpos sinuosos.
E como não devo negar
os apelos de felicidade desvairada,
vou com elas
nas aladas viagens dos infinitos,
tal qual borboletas,
espalhando um colorido
em telas da imaginação,
na pintura que a poesia
constrói no céu
de cada sonhar.