RISCO
Ouso sempre
desperdiçar-me
em alguma forma de sentimento,
no vórtice
do escorrer das lágrimas
ou no vértice
de um sorriso desencabulado,
por algum beijo roubado,
ou de um lábio negado
nas incursões do coração.
Das recompensas e das frustrações,
o risco é apenas uma contingência necessária e didática
do prazer ou do sofrer,
na forma mais contundente
que eu posso me entregar.