LUZES DE DEUS
Um desses dias,
faltou-me a luz dos homens.
E eu que precisava iluminar meus versos!
Roguei aos céus uma prece.
Minha poesia precisava
enxergar-se fora das trevas
do meu quarto ...
interior.
Mas a luz não veio.
Fiquei triste,
destilei lamentações,
ensaiei pragas,
porém, resignado,
saí de casa com a minha poesia,
procurando respirar algum consolo.
Quando me vi,
meus versos estavam sorrindo,
reluzentes,
apontando para o alto
o milagre da criação.
Era Deus que, compadecido,
me privou da escuridão,
me trouxe todas suas luzes,
e as colocou no teto da imensidão.
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
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