LUZES DE DEUS

Um desses dias,

faltou-me a luz dos homens.

E eu que precisava iluminar meus versos!

Roguei aos céus uma prece.

Minha poesia precisava

enxergar-se fora das trevas

do meu quarto ...

interior.

Mas a luz não veio.

Fiquei triste,

destilei lamentações,

ensaiei pragas,

porém, resignado,

saí de casa com a minha poesia,

procurando respirar algum consolo.

Quando me vi,

meus versos estavam sorrindo,

reluzentes,

apontando para o alto

o milagre da criação.

Era Deus que, compadecido,

me privou da escuridão,

me trouxe todas suas luzes,

e as colocou no teto da imensidão.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 23/10/2020
Código do texto: T7094356
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