Fim do Arrebol

A cigarra canta distante

Em seu canto incessante

Trazendo triste saudade

A memória é acionada

E a mente alada

Pousa lá na eternidade

No céu, pousa o olhar

De um poeta a admirar,

O eterno por do sol.

E no esvair-se das horas,

Turva-se a aurora,

Ao fim do arrebol.

Vai o dia, se despedindo

E de escuro, vestindo

O último aceno, da tarde

Numa penumbra, chorosa

Que se despede lutuosa,

Porém com serenidade.

Foi-se embora a tadinha,

Numa quietude

Que aninha,

Mitigando toda a terra

Como um abraço consolador,

No poeta sonhador,

Que a tudo observa

E a noite fez seu caminho

E trouxe com carinho

Um novo e belo amanhecer

Descerrando o escuro manto

Entoando um novo canto

Por todo do alvorecer

E o poeta atentamente

Assiste novamente

Uma ublime celebração

Na manhã que vem surgindo

Pétalas de flores se abrindo...

Sorrindo em fruição

Kainha Brito

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Imperatriz MA 18/09/2020 22:26

Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 24/09/2020
Código do texto: T7071383
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