Despedida

Desfrutei teu universo

Abrindo mão do meu multiverso

Gozei tuas delícias

Uma a uma, como se fosses tu algo iminente

Refiz minhas primícias

Tornei-me até milícia

Por um alguém silente

Por fim, roubando-me a última lágrima

De vida...

Nas minhas máximas tive-te por lida!

Vais, com esta despedida que não pude te dar

Soa-me como um eco quântico

Um alimento eterno

Um alimento feito de vida, eu repito

Mas sem sementes, fica a ermo

Sem sulcar a carne, não se torna mito

Ora, quantos devaneios!

E como vou me referir a eles

Sem cair nos teus anseios

Que inevitavelmente se confundem aos meus?

Dangerous
Enviado por Dangerous em 08/09/2020
Reeditado em 08/09/2020
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