RUMO
“O mundo vale o mundo,
meu bem?”
O inverno queima o capim,
meu curumim?
Nem bem sei quem sou,
Nem bem quero onde estou.
Nem bem entendo esse estar vazio,
Cheio de gritos ditadores de ordens,
Camuflando o brio.
A grita estoura o momento,
Eterniza o tormento,
Faz do caminhar a dúvida,
Do para onde ir,
Se nele está
O construir
ou
O ruir.
Flauteio entre sombras
Em busca do resolver
O roteiro,
Mas o atoleiro no caminho,
Me faz estancar ante a breve luz
Que aquece o saber em que me pus!
Sei tudo,
Desenhei o caminho,
Mas só está no mapa,
O fazer se dilui no nada
Que é a cerca da estrada.