O POVO ANTE OS LOUCOS

O POVO ANTE OS LOUCOS

No mundo de hoje,
Com os livros abertos,
Fico até boquiaberto,
Se encontro um tosco.

Pois um século passa,
Dando ao povo a história,
Que registra as glórias,
Mas também quem fracassa.

E depois de ver algo escrito,
Nos mil domínios do tempo,
Espero o escriba do vento,
Revelar o meu manuscrito.

Para que não fique tão rouco,
Num dito pelo não dito,
De um arbítrio sem o apito,
Jogando no mundo dos loucos.

Se é que há loucos no mundo,
Ou só suas condutas ardis,
Que vivem em poço sem fundo,
E afundam até um país.

Pois quando um povo se entrega,
A Nero, Leopoldo e até Salazar,
Não sabe o que lhes espera,
Nas muitas loucuras que há.

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Publicada no Facebook em 31/03/2020