REGRESSANDO II
Andei pensando...
Avaliando o ano que já quase passou
Deixei-me levar pelas queixas
Calado, vi meu ânimo enfraquecido
E desejos reprimidos
Fiz arremedo de poesia
Quando longe me escondia
Acabrunhado na lama putrefata
Exalava o odor horrivel
Da minha alma vazia
Se minha lágrima
Nada representou
A ti nada inspirou
Não esqueça que eu,
Não menti, não fingi, não enganei
Ainda que andei distante
Tive pressa em vosso rastro,
Em captar a alma.
Modelar o sonho,
Em rimas o esculpindo
Há quanto tempo poesia!
Você dormia,
Num sono pesado, profundo
Lá no fundo
Da minha alma de poeta...
Desperta poesia!
Sai desta letargia pandemica
Inspira-me a escrever,
Tropegamente
Uns versos...
Levanta poesia!
E desafia
O raciocínio lógico,
O conhecimento científico,
O pragmatismo do intelecto...
Luta poesia!
Vence a apatia,
O estress do dia a dia,
A mediocridade
A sociedade vazia...
Grita poesia!
Nessa poesia para a poesia
Faz ecoar o seu grito!
Diz que você pode ser adormecida
Mas, em mim nunca morta...
(Nada sou sem essa volúpia de criar no vazio...)
T@CITO/XANADU