AVE NOTURNA
O que será do meu umbigo
Se ele não é teu abrigo,
E não há encontros nas manhãs?
Não virá!
Sempre soube que não viria.
Sem personagens nem encontros...
Mas fique atenta!
Daqui zarpa a rima,
O futuro já partiu.
Impune e imune sai,
Salta para o espaço-vida,
Para o norte parte inteira.
Ficarei com a saudade,
O silêncio irá contigo
Em seu galope de morte.
Viverei de rimar e remar
Para lados opostos.
Ou apenas improvisar...
Te escreverei esconjuros
Somando tua lembrança
Aos meus voos noturnos.
Tácito