O MAR QUE UNE E SEPARA

O MAR QUE UNE E SEPARA

Estava no meio do mar,
Cercado pelas gaivotas,
Diante dos vôos e naquele lugar,
Com meu albatroz e as focas.

E logo adiante eu podia voar,
Quando estive pegando carona,
No Norte ou no Sul do meu mar,
Planando por cima das ondas.

Que teimam em chacoalhar,
Meus miolos que ficam tontos,
De tanto sofrer por admirar,
O que não é um plácido acalanto.

Pois a fúria que há no mar,
Só Poseidon detém seu encanto,
Já que os mortos vêm navegar,
Com a espuma do mar como manto.

E eu clamo para que Yemanjá,
Mostre-me a África além de um conto,
Separada, com a água, do meu lugar,
Mas unida no mar com seu canto.
🌎🔱🌍
Poeta Braga Costa ©2020
Jequié, BA, Brasil.