Quantas Vezes II

Tem dias em que

As palavras surgem em rabiscos, e

Do céu: estranhas nuvens;

Mas o que importa é a plasticidade

Das coisas desenhadas

Num caderno imaginário do tempo.

O frio, o cobertor e a alma

Alimentam as lembranças

Combinado os sentimento necessário

Para a combustão consumir os sonhos

Em cinzas dentro da lareira.

Quantas vezes a sonoridade

Do raspar das cinzas sobrepuseram-se

Ao espectro colorido das estrelas

Ocultas sob o teto silencioso da sala;

Sabe-se lá quantas vezes?

Talvez o mesmo número de estrelas e

Gotas de chuva caiam sobre as telhas

Tão antigas quanto aos sonhos descobertos

Na poeiras desértica do solo lunar.

airton parra sobreira
Enviado por airton parra sobreira em 23/05/2020
Reeditado em 23/05/2020
Código do texto: T6955781
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