Breu
Solidão e vazios
Lágrimas que cortam
A pele da face que oculta
Entre a ausência
A quase inexistência
Da luz que revela
Tímida se esconde
Ao mundo responde
Em aberto sorriso
O que oculta em sons e risos
Dança
Canta
A luz do dia
Cansa
No breu da noite
Tira a armadura
Da face a máscara tira
Não olha em espelho
Não vê os olhos vermelhos
Em leito se encolhe
A alma cobre
Tentando diminuir
O frio que congela
Fazendo mais sentir
O q neste inefável instante pode
Não há luz ali
Tudo se oculta
É um vulto desprovido
Do que tomou pra si
Em cuidado construído
Não há movimento
Exceto o de lágrimas a escorrer
Feito lava que a montanha
Desce a destruir
Para de novo existir
Não no tempo do momento
Mas em um outro tempo
Onde lágrimas e lavas
Não farão encantamento
Na pele que ferida esteve por tanto tempo
Breu
Luz
Opostos
Momento do meu eu
Que dor conduz
Breu
Luz
Onde renasço
Encontro meu espaço
Pra um sorriso que me seduz