Breu

Solidão e vazios

Lágrimas que cortam

A pele da face que oculta

Entre a ausência

A quase inexistência

Da luz que revela

Tímida se esconde

Ao mundo responde

Em aberto sorriso

O que oculta em sons e risos

Dança

Canta

A luz do dia

Cansa

No breu da noite

Tira a armadura

Da face a máscara tira

Não olha em espelho

Não vê os olhos vermelhos

Em leito se encolhe

A alma cobre

Tentando diminuir

O frio que congela

Fazendo mais sentir

O q neste inefável instante pode

Não há luz ali

Tudo se oculta

É um vulto desprovido

Do que tomou pra si

Em cuidado construído

Não há movimento

Exceto o de lágrimas a escorrer

Feito lava que a montanha

Desce a destruir

Para de novo existir

Não no tempo do momento

Mas em um outro tempo

Onde lágrimas e lavas

Não farão encantamento

Na pele que ferida esteve por tanto tempo

Breu

Luz

Opostos

Momento do meu eu

Que dor conduz

Breu

Luz

Onde renasço

Encontro meu espaço

Pra um sorriso que me seduz

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 18/05/2020
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