DIA DAS MÃES
Estava com um ano e meio de idade,
De parto minha mãe morreu, e juro!
Eu não tinha noção da gravidade,
Também morreu na hora o nascituro.
No colo minha tia me acalmou
Por causa de tamanha gritaria,
O médico que lá estava assim falou:
Não tinha jeito, ela morreria.
Ficamos três irmãos na orfandade,
Nossa tia cuidava dos sobrinhos,
A morte foi uma calamidade,
Para agradar, havia uns brinquedinhos.
Há dois anos meu pai viúvo estava,
E ele casou com nossa tia amiga,
A ventania forte assobiava,
Mais parecia uma bela cantiga.
E três filhos nasceram bem depois,
Meia dúzia então nós completamos,
Era uma turminha boa, ora pois!
Vivíamos rindo e pouco brigamos.
Assim formamos a palavra AMORES:
Alceu, Márcio, Orpheu, Renan, Élzio e Silas,
De nossos pais nos tornamos sucessores, Três morreram; os outros estão na fila...
Dedico este poema à minha querida mãe, Ana ― que faleceu tão jovem! ― e também à minha tia Haidée, minha segunda mãe; dedico-o, ainda, a todas às mães do nosso querido Brasil.
Estava com um ano e meio de idade,
De parto minha mãe morreu, e juro!
Eu não tinha noção da gravidade,
Também morreu na hora o nascituro.
No colo minha tia me acalmou
Por causa de tamanha gritaria,
O médico que lá estava assim falou:
Não tinha jeito, ela morreria.
Ficamos três irmãos na orfandade,
Nossa tia cuidava dos sobrinhos,
A morte foi uma calamidade,
Para agradar, havia uns brinquedinhos.
Há dois anos meu pai viúvo estava,
E ele casou com nossa tia amiga,
A ventania forte assobiava,
Mais parecia uma bela cantiga.
E três filhos nasceram bem depois,
Meia dúzia então nós completamos,
Era uma turminha boa, ora pois!
Vivíamos rindo e pouco brigamos.
Assim formamos a palavra AMORES:
Alceu, Márcio, Orpheu, Renan, Élzio e Silas,
De nossos pais nos tornamos sucessores, Três morreram; os outros estão na fila...
Dedico este poema à minha querida mãe, Ana ― que faleceu tão jovem! ― e também à minha tia Haidée, minha segunda mãe; dedico-o, ainda, a todas às mães do nosso querido Brasil.