A AREIA DA AMPULHETA
Corre areia do tempo
consumindo horas.
Passa vida,
devorada pelos dias.
Lição de tempos idos
pessoas não fazem nada.
exibição pública de indiferença,
a madrugada segue lentamente...
Silêncio dos olhos mudos,
luz das almas sondam.
Tontas, cegas, de visão usurpada.
Olhar perdido, infinda madrugada.
Nem agora nem nunca,
jamais estive parado
cansa-me demais,
fico enjoado.
Relógios param dentro de mim,
não troquei a bateria.
Pulsam meus olhos cegos,
já não sei se é noite ou dia.
Lembro então,
das luzes dos postes na rua...
Todas queimadas!
Não tem importância, é curta a estrada.
Não importa mais,
a luz do fim do túnel.
A vida intemporal
se coloca entre nós.
Não adiantam as estrêlas,
perdi de vista o firmamento.
apenas imagino o infinito,
como contá-las sem vê-las.
Dias ladrões de bússolas,
disparam chuvas de setas...
Drágeas vencidas e flor,
mentem para mim, não aplaca a dor.
(O tempo está ao redor honrando seus compromissos...)
T@CITO/XANADU