ISOLAMENTO
Não quero chamar a palavra,
Eu a quero calada e coberta a um canto.
Deixo-a dormir.
De cansada, ferida e machucada,
Agora quer sonhar um pouco.
Pesadelos podem violar seu descanso,
Mas, menino, aqueço seu quarto,
Construo a penumbra e canto.
Então...
Peço o silêncio,
Ouço o silêncio,
Abraço o silêncio.
Dolorida, a palavra não terá ciúme.
E deixo-a sonhar outras cores,
Como se ela não existisse nesse comum.
E ela me despreza,
Dorme e acorda para o não a posso deixar.
E me enforca.
E não mais a posso usar.