DISTÂNCIA
 
Acho que tudo ficou distante,
Mas, os sonhos permanecem a sua volta,
Seu projeto de vida ainda é rascunho,
Pois, todos os dias temos que realinhá-lo,
Então, faseemos, calmamente as etapas,
Sem a angústia do imediato, do ontem...
Porque, a separação é um aviso, uma amostra...
Muitas vezes o que ficou distante é para ser analisado,
Para mostrar as caras, as cores, os desejos, os amores...
Dizer de alguma forma, que temos que dar ao tempo o tempo que o tempo quer?
Tornar-se visível para nós, que não somos além de humanos,
Pois, muitos se acham maiores que tudo, natureza, universo, Deus...
O distante...
Nos retorna a base, nos faz olhar para trás, repensar um verso...
Reconhecer a imensidão do universo, como uma formiga, minúscula e só,
Que, perdida de seu formigueiro vagueia remota.
Sabe aquelas ideias, aquelas palavras, não estão perdidas...
Estão distantes, e se acaso se perderem na distância,
Que agora nos separa, criaremos outras, falaremos outras,
Mas, o que nos distancia agora é importante, não é acaso...
É a realidade criada por nós, para que o distante, diante de tudo...
De toda tecnologia, permaneça entre nós, para nos preocuparmos com os outros,
Para que nosso abraço ante a distância seja mais forte, mais amoroso, mais simples...
Que a saudade não seja vilã, que a distância possa dividir com ela o final da história,
Que não haja morte no final, pois, nenhum carrega a foice, nem o amargo da boca.
Acho que tudo ficou distante...
Meu olhar, teu cheiro, meu abraço, teu beijo...
Como estão próximos, meus sentimentos, pensamentos...
Minha alma.
 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 02/04/2020
Código do texto: T6904852
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