A Janela do Sobrado


São tão raras as flores
Como num gesto, mas os campos as estendem!
São tão raros os gestos da mais vasta melancolia

Que no momento tudo se dissolve, verbo, sangue pulso;
E da alma do poeta, o pérfido, o vil, o litígio,
E que nunca mais encontre a palavra ou timbre, penosa é a noite,

Inútil dissolvê-las em papel de palta,
Serão sempre correntes pelas flores postas!

Raras são as flores, a poesia e os andores, letras e claustros;
À Ela, a essência distraída, do esquife, onde toda a língua se ajusta
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 27/03/2020
Código do texto: T6898689
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.