LIBERDADE POÉTICA II

Não escrevo poemas em dó maior!

Sei que meus versos são pequenos

Mas não me importo se são pequenos,

Se não brilham, se são bons ou pior,

Porque sei que são livres...

Sou Aedo menor, bem sei disso...

E minha Poesia estreita, indouta

Sem métrica, tosca, vazia, solta,

- Maculadora do brio que não cobiço -

São apenas versos. Mas são Livres!

Sou um mero pintor de aquarelas...

E meus Poemas desgastados, mudos,

Rudes e descoloridos, entremeados

a corações amiúdes de flores amarelas,

São apenas versos. Mas são Livres!

Escrevo aos que têm alma liberta!

As Estrelas esquecidas que já partiram

Ao genial Pintor cujas cerdas coloriram

As arirambas de minha terra esbelta.

Escrevo, porque sou livre...

Eylan Lins
Enviado por Eylan Lins em 24/02/2020
Reeditado em 16/11/2021
Código do texto: T6873231
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