LIBERDADE POÉTICA II
Não escrevo poemas em dó maior!
Sei que meus versos são pequenos
Mas não me importo se são pequenos,
Se não brilham, se são bons ou pior,
Porque sei que são livres...
Sou Aedo menor, bem sei disso...
E minha Poesia estreita, indouta
Sem métrica, tosca, vazia, solta,
- Maculadora do brio que não cobiço -
São apenas versos. Mas são Livres!
Sou um mero pintor de aquarelas...
E meus Poemas desgastados, mudos,
Rudes e descoloridos, entremeados
a corações amiúdes de flores amarelas,
São apenas versos. Mas são Livres!
Escrevo aos que têm alma liberta!
As Estrelas esquecidas que já partiram
Ao genial Pintor cujas cerdas coloriram
As arirambas de minha terra esbelta.
Escrevo, porque sou livre...