VIVER
O mundo é perigoso,
É perigosa a rua,
Seu caminho pelo quintal
É só a batalha sua.
Na alma há calmaria,
Coberta pela parede,
Que atua como rede,
Do medo sem qualquer sede.
Pouco ou muito é engano
Por sobre toda invenção
O livre amor arrefece,
Só é grande o oceano.
Que o vento toque meu rosto,
Que desfaça meu desgosto
Carregando minha alma
Pra o neutro prazer da calma!