Casa de Zinco
Dentro em pouco recebo a vida de troco
Numa esquina ou no barraco de zinco;
E cavo um poema que não reparto,
Levo num embrulho de papel de pão
Feito à luz de lampião e um trago de absinto;
Cigarro de palha na mão,e fogão de lenha
Deixo varal e seus lençóis e vento a soprar;
E desço do gasto que é a vida,e me lembro
Só do sabugueiro e de cotovias que se ajuntam;
Sempre trago alguém nos traços,e arrumo saia de chita
E flor de laranjeira nos cabelos molhados;
Vou ver caboclo,que rema canoa todo dia
Se na curva do rio ou na margem,sei que passa !!