SER

A presa pisa a noite,

Para leões famintos.

A carne quebrada,

Pele dilacerada,

O sangue espesso.

Coragem, escolha.

Urro, alarde na base da vontade,

E o desejo de todos ou de nenhum

A alargar suas asas,

A pegar doce no ar condensado,

A tecer avesso, direito e largura,

A imprimir o denso senso do tecido

E a desenhar no ar

A imagem pouca e tenra,

E louca e sóbria , e doce e forte

Da verdade.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 18/01/2020
Reeditado em 23/01/2020
Código do texto: T6845073
Classificação de conteúdo: seguro