A GULA
Há certos tipos na vida
Que vivem só pra comer;
Quando escasseia a comida,
Ficam pensando em morrer.
Comer “pra comemorar”,
Qualquer que seja o evento,
Comer muito, sem parar,
A todo e qualquer momento.
Fazem do bucho um capacho,
Querem comer pra valer,
Bananas somente em cacho,
Pois seu prazer é comer.
Com os dentes cavam sua cova,
E se libertam do mal,
Comendo muito, uma ova,
na vida celestial.
Jota Garcia enviou-me o soneto que fez sobre a GULA. Obrigado, amigo. É muito bom. Ei-lo:
A fome é tanta, parece doença,
Ou um castigo mandado por Deus,
Como foi feito com os filisteus
Quando negaram seguir sua crença.
Triste quem leva uma vida tão tensa
Como a que levo ao lado dos meus,
Sempre a seguir todos preceitos seus,
Por que merecer tão dura sentença?
É uma tortura viver fora da norma,
Ser diferente de quem é normal.
A mente ressente, o corpo deforma,
É como viver num inferno astral.
Se olha no espelho e não se conforma
Com a forma que vê naquele cristal.
Há certos tipos na vida
Que vivem só pra comer;
Quando escasseia a comida,
Ficam pensando em morrer.
Comer “pra comemorar”,
Qualquer que seja o evento,
Comer muito, sem parar,
A todo e qualquer momento.
Fazem do bucho um capacho,
Querem comer pra valer,
Bananas somente em cacho,
Pois seu prazer é comer.
Com os dentes cavam sua cova,
E se libertam do mal,
Comendo muito, uma ova,
na vida celestial.
Jota Garcia enviou-me o soneto que fez sobre a GULA. Obrigado, amigo. É muito bom. Ei-lo:
A fome é tanta, parece doença,
Ou um castigo mandado por Deus,
Como foi feito com os filisteus
Quando negaram seguir sua crença.
Triste quem leva uma vida tão tensa
Como a que levo ao lado dos meus,
Sempre a seguir todos preceitos seus,
Por que merecer tão dura sentença?
É uma tortura viver fora da norma,
Ser diferente de quem é normal.
A mente ressente, o corpo deforma,
É como viver num inferno astral.
Se olha no espelho e não se conforma
Com a forma que vê naquele cristal.