MAIS E MAIS

Hei de abrir os meus olhos pra novas versões

do sentido que faz; tanto faz o que seja

que desejo do mundo e de suas manobras;

dos acasos, dos casos, descasos também...

Deixo a vida fluir e me cobro atitudes,

obedeço aos impulsos construindo a sorte

que me cabe à medida que levo a caber

do meu jeito espontâneo, do jeito que dou...

Sei vestir pesadelos de mansas quimeras,

provocar primavera em qualquer estação

quando sou quaresmeira desnuda no outono...

Quero mais; hei de abrir os meus olhos batidos

para mais emoções do que a velha emergência

repetida na mesma iminência do fim...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 06/10/2007
Código do texto: T682863
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