MAIS E MAIS
Hei de abrir os meus olhos pra novas versões
do sentido que faz; tanto faz o que seja
que desejo do mundo e de suas manobras;
dos acasos, dos casos, descasos também...
Deixo a vida fluir e me cobro atitudes,
obedeço aos impulsos construindo a sorte
que me cabe à medida que levo a caber
do meu jeito espontâneo, do jeito que dou...
Sei vestir pesadelos de mansas quimeras,
provocar primavera em qualquer estação
quando sou quaresmeira desnuda no outono...
Quero mais; hei de abrir os meus olhos batidos
para mais emoções do que a velha emergência
repetida na mesma iminência do fim...