FANTASIA
Era ali o lugar do quando,
Enquanto o porquê dançava tango,
Observando o narrador amuado
Entre a decisão e a dúvida.
O dia seria claro ou escuro?
Ar abraçado de perfume ou fedor?
Declamando...um eu ou um ele?
Agarrando o peito a dor ou a alegria?
Melancolia ou euforia gritando?
A história seria feita na linha reta da página,
Conduzida em letra minúscula,
Às vezes maiúscula.
Com pontos , com pântanos e cânticos,
E cantos e contos, esquinas e quinas.
História emocionada da vida e do nada.
No enquanto do tempo:
Vidro frágil e cimento duro,
Vontade reta e ação curva,
Joelhos tensos e mãos dançantes.
A estória se fará glória!
Desenhada na página e na mente,
Contada na tinta e no som.
O desdobrar da vida,
A razão do fazer e do ter
Serão os pés e mãos
Que farão dos seres
A direção, o caminho
E a razão de ser.