ESTRANHO NAMORO

A mocinha namora ao celular

o garoto invisível, bem distante.

Dá-lhe beijos, recebe sem sentir,

faz carícias, parecem respondidas;

tem agora o que tem não bem assim...

Tudo é feito no corpo do aparelho

que vibrou antes mesmo do namoro

tão sem graça, sem quem, sem namorar...

Duma forma talvez inexplicável

aos ouvidos, às mentes desprovidas,

ou aos olhos que a fitam curiosos,

a mocinha namora o celular.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 04/10/2007
Código do texto: T680605
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