POEMA GEOMÉTRICO
Rumos e vértices no escuro.
É estranho perceber
Que a cada esquina
Há outro horizonte.
Pontes inviáveis a outros rumos
E vértices
A outros horizontes
- Um sorriso pisoteado
Como se o caminho
Justificasse os passos,
Como se um minuto
Encarnasse um istmo
Às esquinas do tempo,
Como se o sujeito
Não precisasse predicado,
Sem ligações, rumos ou vértices,
Ou nuvens,
Ou céus noturnos ...
Pontes inviáveis a um futuro
Onde os caminhos são
Infindavelmente inúteis
E cada esquina
Um vértice inexorável,
E cada horizonte
Um passo a outro polígono ...
Deita-te na praça
E observa este polígono em expansão!