Penúria Lamúria
         Ciência, filosofia e outras
               “ Sofias” mais
         Nada disto foi capaz de pôr
         Fim aos nossos ais
         Dentro ou fora da pista não há
         Salvação à vista
         Nascemos nus, ensanguentados
         Crescemos na penúria
         Rico ou pobre tanto faz, a infância,
        A adolescência segue no ritmo dos
        Bancos da escola que mais prepara
        Para pedir esmola
        Ser para valer é  outra história
        Outros vão para a escola da vida
        Mais  arriscada, mais atrevida
        Poucos, muito poucos ou ninguém
        Que ali entra se dá bem
        A carreira escolhida anda a lhe dar
        Cabo da vida
        Não tarda o corpo começa a dar sinais
        De outros ais a chegar
        Penúria, lamúria mais sofrida, mais doída.
        Entradas e saídas de hospitais e nenhum
        Será capaz de por fim aos nossos ais
        O Cérebro cansado de não dar conta do
        Recado decreta a absolvição:
        Não  lembrarás de mais nada
        De nada serás capaz
        muita dor a pedir o descanso eterno,
        a paz que ali se faz.