De dentro do cinzeiro

Poesia suja de rua

amarelinhas à giz

de tijolos e nuvens

pulos de corda

pé sujo na terra

cidade-cinzeiro

grafite cantando: artista?

arte é pra arteiro!

Pedradas e bofetadas, a vida

sons de arpejos de harpa distorcida.

É tramada por coisas da loucura

Aceito o amor tal qual uma doença

Sentimentos transtornados. Sem cura

Cérebro. Metafísica. Ausência.

Observo a inocência

Extinta entre cinzas.

Doce Pierrot
Enviado por Doce Pierrot em 02/08/2019
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