De dentro do cinzeiro
Poesia suja de rua
amarelinhas à giz
de tijolos e nuvens
pulos de corda
pé sujo na terra
cidade-cinzeiro
grafite cantando: artista?
arte é pra arteiro!
Pedradas e bofetadas, a vida
sons de arpejos de harpa distorcida.
É tramada por coisas da loucura
Aceito o amor tal qual uma doença
Sentimentos transtornados. Sem cura
Cérebro. Metafísica. Ausência.
Observo a inocência
Extinta entre cinzas.