Só uma flor da avenida

Só uma flor da avenida

As manhãs escutam o nome dela, pássaros recolhidos na eira,

Os homens são barcos pra ela, e o seu amor é íngreme,

O soluço dos vestidos, todos dela, são folhas;

É Adriana, a Negra da avenida Itarumã e seu olhar de céu!

As noites todas tem ritmos e são ondas, têm espanto e sustento;

A vida sorri dela, e ela briga, e eu sorrio dela, porque ela é rio;

Se seca o peso, o peso das medidas de amor suados

Fecho e sitio uma geografia só nos seios dela!Negra e chama e cor!

Sou eu o menino e tenho façanhas de coloca-la, Cotovia de felcro,

Tenho dado de mim, o que me cumpre sempre _amor por ela_

As manhãs traçam os passos; Outros dogmas pelos poros já são!

E esse amor não é sonho, é rio, ela trançando avenida,

Boca adentro é a vida ou um puído coração sempre parindo-a,

Te amo, meu bem, rompi soneto e de ti quero apenas a febre!!

MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 26/07/2019
Reeditado em 26/07/2019
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