Só uma flor da avenida
Só uma flor da avenida
As manhãs escutam o nome dela, pássaros recolhidos na eira,
Os homens são barcos pra ela, e o seu amor é íngreme,
O soluço dos vestidos, todos dela, são folhas;
É Adriana, a Negra da avenida Itarumã e seu olhar de céu!
As noites todas tem ritmos e são ondas, têm espanto e sustento;
A vida sorri dela, e ela briga, e eu sorrio dela, porque ela é rio;
Se seca o peso, o peso das medidas de amor suados
Fecho e sitio uma geografia só nos seios dela!Negra e chama e cor!
Sou eu o menino e tenho façanhas de coloca-la, Cotovia de felcro,
Tenho dado de mim, o que me cumpre sempre _amor por ela_
As manhãs traçam os passos; Outros dogmas pelos poros já são!
E esse amor não é sonho, é rio, ela trançando avenida,
Boca adentro é a vida ou um puído coração sempre parindo-a,
Te amo, meu bem, rompi soneto e de ti quero apenas a febre!!