Toda minha esperança
Às vezes, não é contínuo, pois ninguém suporta,
Às vezes não se enxerga nada lá fora...
Só o silêncio canta,
Só os precipícios chamam
Só um desfragmentar contínuo
Aqui na alma
Ali na alma
Nalgum tempo
Passado, presente, sei lá
A ruir as carnes apodrecidas...
E o que fazer?
Tapar os ouvidos? Não adianta...
Fechar os olhos? Não adianta...
Se tivesse uma mesa... Não adianta se esconder...
A respiração vai voltar,
Mas enquanto isso
Apenas isso
Esse não respirar da alma
Que se propaga
Sobre toda minha esperança...