Monólogo de voz ausente
.......................Para Tião, onde quer que ele esteja...
Que esterilidade invadiu meu coraÇao
Que nao sente o amor
Nem a alegria
Desse mundo
Nem dessas boas pessoas?
Sera que essa é a minha condiÇao,
Um des-ser que des-vive que nao dorme quando a noite vem,
Quando o cansaÇo vem,
Quando a fraqueza vem...
E, no entanto, enxerga a beleza
Que em tudo esta,
So beleza ha
Do subatomo as constelaÇoes de galaxias,
Além,
E tudo regido pelas leis perenes do amor...
Que mal é esse?
Que dessa ir foi esse que colaram em minhalma
Que nao me deixa viver
Que nao me deixa morrer
Que nenhum beijo pode curar
Que nenhuma musica pode acalmar...?
Parece que aqui esta vazio,
Parece,
Porque vaza derramando de cheio
Este monólogo de voz ausente...