AS SANDÁLIAS ENTRELAÇADAS

I

Pelo curso do percurso

Entre textos e contextos

Paradoxos em doxas

A minha doxa para ti...

II

Voar na realidade do caos

Na escrita doce atormenta

Um poema... Diz-me: amar, odiar...

Talvez seja o bravo retumbante

Das estrelas nascentes

Em palcos gloriosos da decadência

Aplaudida! Aplausos!

III

Vividas pelas linhas do sonhar

Na ternura de ter uma expressão

Na razão de não se ter na questão

Um pensa! Um falar! Um calar!

Mostra-se ao mostrar-se em versos

O constante apaixonado das idas

Vindas do mar, pelo mar, amar...

IV

Num bar, cortinas fecham-se...

Embora eu esteja, bebo tuas letra

E, em meio ao sono das frases

Em permaneço, conheço, desejo, sinto...

leio-o e ofereço-te um dia, um meio-dia...

Para agradecer, os dizeres do eternizar.

V

Fostes impeto no declamar

Amante das estrelas escritas

Um poema em sombras à beira-mar

Zeloso por seres o canto lirico

Impetuoso colosso viver.

VI

Aurora transformastes

Retumbante em escolhas

Ao partires em folhas secas

Para pintares o céu de anil...