O giro da flor

O giro da flor

Ah! O esquife e sua corte de avenidas _ Negras meninas!_

Uma essência imortal se exaspera na esquiva e no andor;

O máximo que posso é arrancar-me dela e sua flor rara!

E nisso o tempo nos gera _ Sementes _ amanhã se vela!!

Ah! Os meus olhos febris, é pedra a proposta do que fica;

O peito em completa agonia sangram as borboletas multicores,

E pela vida e as partes das coisas de amor só odres de vinho;

Só açores! Morri-me dela, com o lábio e a tez e que sangria!!

Ah! Menina,verso acabou, rotina do amor secou, eu bem quis

Que dos beijos o tempo fosse só feto, o moinho de contínuo,

E era esse jorrar de nuncas, vida mordeu as pedras e o tempo!!

O que será-me do que nos sobramos cama?!Colar de prata?!

Pra se antepor para o outro instante de nós _uvas verdes _

E tu rompas teu ventre porque a vida, meu bem, cessa no cio!!

(Dedico esse poema da"saga" pra Elígio Mora )

MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 22/07/2019
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