O giro da flor
O giro da flor
Ah! O esquife e sua corte de avenidas _ Negras meninas!_
Uma essência imortal se exaspera na esquiva e no andor;
O máximo que posso é arrancar-me dela e sua flor rara!
E nisso o tempo nos gera _ Sementes _ amanhã se vela!!
Ah! Os meus olhos febris, é pedra a proposta do que fica;
O peito em completa agonia sangram as borboletas multicores,
E pela vida e as partes das coisas de amor só odres de vinho;
Só açores! Morri-me dela, com o lábio e a tez e que sangria!!
Ah! Menina,verso acabou, rotina do amor secou, eu bem quis
Que dos beijos o tempo fosse só feto, o moinho de contínuo,
E era esse jorrar de nuncas, vida mordeu as pedras e o tempo!!
O que será-me do que nos sobramos cama?!Colar de prata?!
Pra se antepor para o outro instante de nós _uvas verdes _
E tu rompas teu ventre porque a vida, meu bem, cessa no cio!!
(Dedico esse poema da"saga" pra Elígio Mora )