NADA

Nada: olhos, sorrisos nem alma.

Projeto de dias claros, ou de noites azuis ...nada!

Com pés selvagens, corrige seus dias,

Com olhares turvos, refaz avarias,

Eco, eco, eco...

No vale o som nulo vale

Só a valente euforia!

Ela faria a curta curva,

A pontilhada risca, ousada,

O horizonte negado,

Naquele perigo da estrada.

Segue o sol, que nada diz,

Brilha, esquenta e dá vida,

Esconde-se atrás de nuvem,

Mas que a ele não se curvem,

Queima a piedade , a tarde,

E finge sorrindo e não arde.

Mas dorme em seu corpo doente,

À espera da tarde, o poente.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 21/07/2019
Reeditado em 06/08/2019
Código do texto: T6701385
Classificação de conteúdo: seguro