NADA
Nada: olhos, sorrisos nem alma.
Projeto de dias claros, ou de noites azuis ...nada!
Com pés selvagens, corrige seus dias,
Com olhares turvos, refaz avarias,
Eco, eco, eco...
No vale o som nulo vale
Só a valente euforia!
Ela faria a curta curva,
A pontilhada risca, ousada,
O horizonte negado,
Naquele perigo da estrada.
Segue o sol, que nada diz,
Brilha, esquenta e dá vida,
Esconde-se atrás de nuvem,
Mas que a ele não se curvem,
Queima a piedade , a tarde,
E finge sorrindo e não arde.
Mas dorme em seu corpo doente,
À espera da tarde, o poente.