Cartão de inverno
Nunca escrevi nada
Que houvesse vida fora de si mesmo
As coisas que nascem
É porque já são!
E se delas,fiz versos,então sementes surdas,
extintas de si,natimortas,
Nessas coisas da linguagem,
Não meto nanquim e mão
Talvez do acaso relógio de ponteiros
E no máximo , alguma pedra sangrando,
Jamais poesia e sua geometria
No plano de outra vida!!