(Imagem do Google)
Versinhos nas nuvens
Pulseira de peixinho,
anelzinho prateado.
Mimos de um benzinho,
o primeiro namorado!
Ao chegar à estação,
fique perto de mim!
Há no lenço uma canção,
bordada num amor sem fim!
Nos passos da procissão,
uma vela acendi.
Rezei a São João,
para não me afastar de ti!
Grata aos poetas pelas interações:
Fernando A Freire
Não deixarás de ser criança.
Lembrança da infância,
de quando ainda eras menina
e te vestias de mulher.
-"Mais menina que mulher"
-Na mão, uma vela,
na procissão:
Avé, avé,...
tudo misturado com as cantigas joaninas.
Numa escapadinha;
namorado encabulado,
segurando tua mão de menininha.
E tu, recatada, esperando ninguém,
alguém que não vinha,
lá na estação do trem.
Atração, distração,
chegada, espera e partida,
como a vida.
As rodas beijando os trilhos
em que o mundo também rodou.
O trem passou.
Que é da estação?
Aquela de telhado marrom,
paredes amarelas?...
Também viajou.
E a rosa
que o namorado trazia
na mão?
Virou prosa,
virou poesia,
virou mãe,
virou semeadora...
É professora,
Como toda criança o é ...
POETA OLAVO
Ainda me lembro daquela menina
Que me balançou um dia
O primeiro amor sempre fascina
E traz motivos pra poesias.
Paulo Miranda
Ao sabor desses versinhos
obra-prima dos realejos
no ônibus, nossos caminhos
valem todos sacolejos...
Jacó Filho
Entre rojões, simpatias,
Pra são Pedro dizer sim.
Hoje se tornam poesias,
Essas lembranças sem fim...
Poeta Olavo
"Seu ouvido escutava meus apelos
Quando a envolvia numa dança
Adorava seus beijos, seus cabelos
Da menina hoje uma lembrança."