A casa de sacada azul


As coisas doem,as palavras rangem,e falimos a poesia _ instinto _ !
Procuro casa de zinco de fachada azul,do que sei,pasta  de minha fome,
E faço um poema muito mais duro,lá era casa de Maria,com janeiros e jardins;
E eram tão meus,que Maria tinha ciúme,que colocasse alecrins na sacada azul!!

Hoje do que tenho de amor,tentei tirar da noite,lirismo do mundo,e seus méis;
Sitiada a alma, e os ímpetos de voltar a ver Maria,me calo de sua geometria,
Maria tem casa de sacada azul,e nunca mais sentiu ciúmes da flor;
Abandonei Maria,e ela cresceu de renascer e sonhar,agora se chama Maria-flor!!

Sendo então eu,causado tal dor,permaneço na calçada da esquina,pra ver Maria!
Maria tão linda de vestido de chita,e flor de açucena nos cabelos,me faz acuado,
Essa minha sentença ,ninguém sabe,e pulsa o pulso,e vi flor nascer na calçada!!

Dada por mim de morto,Maria sorria,sacola de feira,sempre domingo,me calou;
Segui Maria só mesmo um dia,pela dor das coisas é alta a quantia,e gasta a vida,
Sou sempre de Maria,mesmo de talhe, e me mata dia a dia,ter deixado Maria!!

 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 25/05/2019
Reeditado em 25/05/2019
Código do texto: T6656020
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