GUERRA
Afloramento rochoso,
Meu coração resiste,
De mãos dadas com meu corpo,
Persiste, insiste, inexiste.
Com portas e túneis de sangue,
Pede à pedra pura,
Um momento de silêncio,
Uma pausa ao tormento,
Um suspiro mais profundo,
Para recobrar a força
E não sobejar exangue.
Há de abrandar o corte,
Há de criar a beleza,
E servirà à mesa,
A exigência da sorte .
Suprida, dormente, caída,
renderei minha tristeza
Ao poder de força tal
Que abraçará sem lamentos
Os gritos de cor retumbante
Do que seja bem ou mal.