Nunca é tarde para um único dia
Pela manhã, logo me abastecia
Era como magia e traduzia aquilo para a poesia
A mágica estava em tudo que eu vivia
Nada me impedia
A escrita era o que eu tinha
O turno muda naturalmente
É regra de quem dura através do tempo
E já era à tarde
A magia ainda existia
E tudo agora não passava de poema
Raras eram as vezes que surgiam poesia
A magia tornou-se fraca
Vilania havia instaurado no reino mágico
E não havia nada que eu pudesse fazer
A noite chegara
E não era mais cedo, tão pouco tarde
Ainda se fazia tempo
E aprendi a juntar os dois efeitos
Descobri que não havia vilão
Eram medos no coração
Desconhecia o mundo e sua complexidade
Me fazia sujeito e apenas uma identidade
O mundo é gigante e há varias cidades
Todas em guerras por sua soberania
Então resolvi ver a luz da lua e dizer que era dia
Com muita cautela, da tarde coletei a pouca magia
E montei o parque cidadania
Onde todos os cansados possam visitar com alegria
Quando a noite chegar para que lembrem que amanhã nascerá um outro dia.