A poesia
a poesia derrama-se em versos sobre o altar da minha vida e contemplo o levitar da minha alma pela sua adolescência, em uma nova aurora inundando-me com o cheioro e o sabor dos meus dias primeiros. Desço ao fundo da minha alma e sacio-me na fonte de mel das minhas vertentes. Sinto em meu âmago a ternura e o bem querer que ha em mim. Um querer carinhoso, manhoso numa vontade de me agasalhar em um colo quentinho.
Sinto a inocência menina que ainda vive em mim, a colorir o meu interior e brincar de flutuar sobre as nuvens, num céu de encantamento, além das curvas do vento, lá pertinho do arco-íres, brincar com as estrelas, tocar o luar, voar com os passarinhos e com eles cantar. Viver distante dos burburinhos, só eu e os bichinhos, que foram para o céu dos passarinhos perto de onde eu fui morar, em meu castelo suspenso onde eu viro menina e a minha madrinha lua me guarda com seu olhar
Kainha Brito
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