QUANDO
Quando estou prestes a desistir do tempo,
Quando pensando retirar meus sonhos,
Quando de tudo isentarei o fracasso,
Quando da dureza perdoarei o laço...
Sei o que em mim é ou que sou?
Sinto a carne senhora de seus enganos e levezas?
Conheço os sons, as luzes, os sabores e os aromas
Que me dão da vida a certeza?
Do que procuro, sinto, concluo e sei,
O vento que acaricia minha alma.
Arrumo a cama, estico o lençol,
Mergulharei no sonho ou pesadelo,
Que pedirão a remissão do sol,
Que não sei se terei ou não terei.