O velho e o vento

O velho e o vento

Eis o açoite do tempo

do velho ao vento

como folha seca

como resto triste

do grande arvoredo

da vida

cabelos esbranquiçados

feições enrugadas

olhos profundos e tristes

no passo sempre lento

que nunca sai do lugar

que apenas espera

o seu dia chegar

então o vento sopra

em voraz ventania

e a folhagem seca

em padecente agonia

vai subindo aos ares

ao raiar do dia.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com