SOCORRO

Salva-me de eu ser quem sou.

Salva-me de eu, falando a própria voz,

Entoar o canto curvo no caminho em que vou!

Em que canto as agruras do corpo,

Tão resumidas em preces e uivos,

A descida da folha ao solo?

Ataco com unhas falsas as ameaças

Ataco, com pulsos falsos, o curso do rio de afogar.

Salva- me do momento!

E salva-te a ti mesmo ,

Com asas e gritos e dores...

Mergulha no desenhar tão pouco,

Aberto mar rouco,

De luz desmaiando,

Entre vaias e vivas

e temores!

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 22/03/2019
Reeditado em 16/04/2019
Código do texto: T6604175
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